quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ABORDAGEM SOBRE ÉMILE DURKHEIM.

Quem é Émile Durkheim?

Emile Durkheim é considerado um dos pais da Sociologia, nasceu na França em 1858 em meio a uma família judia, entretanto não seguiu a tradição familiar e se declarou agnóstico, Durkheim acreditava que a religião se dava por fatos sociais e não divinos.
Formado em filosofia pela Escola Normal Superior, foi professor de pedagogia na Universidade de Bordeaux, Durkheim aproveitava seu trabalho como professor para abordar a educação como um fato social. A partir de 1902, foi auxiliar de Ferdinand Buisson na cadeira de ciência da educação na Sorbonne e o sucedeu em 1906. Teve influencia em Auguste Comte e Herbert Spencer. Suas obras mais relevantes são: Da divisão do trabalho social, O suicídio e Regras do método sociológico.

Qual a sua relação com o positivismo? 

Durkheim acreditava na ordem e no progresso, esta era sua relação com o positivismo. Durkheim acreditava que a ordem na sociedade era pré-estabelecida e que não poderia haver questionamento dentro da mesma. Segundo ele, o indivíduo era educado de acordo com as regras da sociedade (havia uma coerção da sociedade sobre o indivíduo), regras as quais pré-existiam e eram diferentes de acordo com a sociedade em questão, pois cada sociedade possui suas normas e peculiaridades, ou seja, nenhuma é igual a outra. Seguindo esta linha de raciocínio Durkheim afirmava que a sociedade era mais forte que o indivíduo, pois ela é um todo, portanto determina como o indivíduo deve se comportar perante ela.

Como Durkheim dividia a Sociologia? 

Durkheim sugere que a sociologia seja dividida em três grandes áreas: a Morfologia Social, a Fisiologia Social e a Sociologia Geral.
A Morfologia Social analisa um aspecto geográfico das sociedades, o porquê delas estarem em tal ponto especifico, se são rurais ou urbanas, quais são as causas que afetam essas decisões. Já a Fisiologia Social é bastante complexa e compreende diversas ciências diversificadas, já que os fenômenos sociais de ordem fisiologia são muito variados.
Ela é dividida em Sociologia Religiosa (que, como o próprio nome diz, abrange o estudo das religiões como um fato social, estudando seus dogmas e mitos), Sociologia Moral (estuda os costumes e idéias morais de uma sociedade), Sociologia Jurídica (junto com a Moral, estuda as idéias morais de um código de lei, por exemplo, e como ele afeta os indivíduos), Sociologia Econômica (investiga as principais instituições econômicas e aquelas relativas à produção de riqueza), além da Sociologia Estética e Sociologia Linguística.
Apesar dos fatos sociais poderem ser divididos em diversos ramos, não podemos ignorar o fato de que todos eles vieram de um mesmo gênero, e é nisso que a Sociologia Geral mantém o foco: “Por mais diferentes que sejam uns dos outros, os diversos tipos de fatos sociais não são portanto senão espécies de um mesmo gênero.”


Por que é da natureza das próprias ciências positivas não serem jamais acabadas?

É próprio das ciências positivas não serem acabadas, pois elas tratam de uma realidade complexa e se utilizam de métodos para experimentação e análise dessa realidade, métodos os quais de tempos em tempos podem ser questionados, modificados e/ou atualizados. Podemos citar como um dos exemplos existentes a geometria euclidiana, que apesar de ser a geometria correta para descrever o espaço não curvo, levantou-se a questão de saber se não poderíamos construir outras geometrias, que dessem conta das relações geométricas em espaços não curvos: nasciam as geometrias não euclidianas. A existência de geometrias não euclidianas conduz à questão de saber se o nosso universo será euclidiano ou não. E a teoria da relatividade mostra que o espaço é afinal curvo e não plano, como antes se pensava.

Qual a relação entre moral e a vida social para Durkheim?

Para Durkheim “a vida social não é outra coisa que o meio moral, ou melhor, o conjunto dos diversos meios morais que cercam o indivíduo”. Para uma compreensão no âmbito dos fatos sociais, torna-se importante salientar que moral, como define Quintaneiro (2003, p. 87) “é um sistema de normas de conduta que prescrevem como o sujeito deve conduzir-se em determinadas circunstâncias”, no entanto, diferenciada de qualquer outro tipo de conjunto de regras, haja vista que dotam de um respeito especial e de uma aceitação coletiva que implica em superar qualquer atribuição individual para cumpri-la. 
Quando se analisa as três características intrínsecas aos fatos sociais é possível compreender a relação existente entre a vida social e a moral, conectadas pela consciência coletiva e pela importância de suas atribuições. Do mesmo modo considera-se que a sociedade é um indivíduo que difere de cada consciência individual, em nível qualitativo, o que decorre no apontamento de Quintaneiro (2003, p. 88) “onde se inicia a vida do grupo – família, corporação, cidade, pátria, agrupamentos internacionais – começa a moral, e o devotamento e o desinteresse adquirem sentido”. 
A moral tem sua constituição relacionada com a vida social, e ainda deve-se considerar que os parâmetros da morfologia e também fisiologia são característicos na atribuição de elementos que estruturem a moral, haja vista que em cada sociedade existem regras e valores concernentes às situações, ressaltando que os diferentes períodos de uma mesma sociedade podem contar com alterações no conjunto de moral. 
Logo, é possível averiguar que as relações sociais e a moral compõem um mesmo conjunto integrado e que tem uma conexão característica, por meio da qual os indivíduos vivem, interagem e sofrem influências de um mesmo rol de normas, regras e deveres, que são exteriores e anteriores, onde coexiste a imposição de um modo adequado de agir perante a sociedade, limitando as possibilidades individuais para um agir em prol do cumprimento dos deveres.

O que é um fato social?

Durkheim determinou um objeto próprio de estudo da sociologia: os fatos sociais, e tal ação é um importante elemento, no âmbito das definições para as ciências positivas, uma vez que a metodologia científica incumbia no apontamento de objetos de estudos. Por meio desta concepção Durkheim foi além de explicações filosóficas e usou de técnicas e métodos, em um sistema dedutivo e indutivo que pode ser contemplado em seu livro As Regras do Método Sociológico, para determinar um objeto próprio de estudo para a sociologia, por meio do qual poderiam ser realizados os estudos necessários para compreensão das sociedades. 
O fato social detém uma especificação condizente com todos os fenômenos que acontecem no interior das sociedades, desde que apresentem algum interesse social. Como conceituou Durkheim “É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que se possa ter”. 
Com embasamento no que apontou Durkheim sobre fato social, salienta-se três características fundamentais, para que se tenha domínio sobre o conceito, interpretação e estudos desse objeto da ciência social: 

  • Coerção: Essa característica vem da afirmação de que a sociedade realiza uma influência direta e impositiva sobre os indivíduos, fazendo-os aceitarem e se ajustarem às regras em que a sociedade vive. Um poder acompanhado por sanções, por meio das quais é possível mensurar o grau de coerção dos fatos sociais. 
  • Anterioridade e Exterioridade: Na concepção de Durkheim os fenômenos existem antes mesmo das pessoas nascerem, e estes atuam de forma independente quanto às vontades e anseios dos indivíduos. 
  • Coletividade: A consciência coletiva é um estado comum ao grupo, também tido como um reflexo ao modo coletivo de agir e pensar que se impõem aos indivíduos da sociedade. Tal consciência pode ser compreendida como uma compilação de regras que delimitam os atos individuais, além de definir na sociedade o que é normal, imoral, reprovável ou criminoso. 

Qual a relação entre o comportamento individual e as maneiras de ser coletivas? 

Segundo Durkheim, os fatos sociais são “maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, e dotados de um poder coercivo em virtude do qual se lhe impõem”. Os fatos sociais são resultados de uma consciência coletiva e são impostos ao indivíduo pela sociedade. São como leis próprias que interessam e afetam um grupo. 
O indivíduo é fruto da sociedade e esta possui características que estão além seu comportamento individual. Aqueles que por sua vez violam o 'padrão social', que não interiorizam os fatos sociais, sofrem sanções naturais que se tornam mais intensas a medida que os fatos sociais estiverem mais instituídos e satisfazerem a consciência coletiva.
Os indivíduos com pouca conectividade com a sociedade e que possuem comportamento individual que foge da consciência coletiva, estado que Durkheim chamou de "anomia", estão menos propícios às forças que levam os indivíduos a agirem conforme as expectativas e valores sociais e mais sujeitos a cometerem atos condenáveis.
Assim, o meio social, “através de aparelhos de coerção e da própria instituição educativa, contribui para regular, controlar e moldar permanentemente o comportamento individual, tornando os processos coletivos harmônicos e estáveis”.

Referências Bibliográficas:


domingo, 12 de fevereiro de 2012

ABORDAGEM SOBRE AUGUSTE COMTE.

Quem é Auguste Comte?

Nascido em 1798, na França, Auguste Comte é um filósofo francês mundialmente conhecido como fundador da Sociologia e do Positivismo. Comte teve uma infância pobre e com tempestuosas relações familiares, com dezesseis anos ingressou na Escola Politécnica de Paris onde teve influência de acadêmicos como Carnot e Lagrange.
Após o fechamento temporário da Escola Politécnica, Comte sofreu influência de diversos “ideólogos” com maior destaque para a obra de Condorcet: Esboço o de um Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano. Anos mais tarde Comte sofreria uma crise mental seguida de uma profunda depressão, o que mais tarde resultou em uma separação de sua esposa. Em 1844, ele apaixona-se por uma mulher que muda sua vida, seu nome é Clotilde de Vaux. Nela, encontrou alguém que lhe permitiu expressar todos os seus sentimentos e necessidades emocionais. Mesmo após a morte de Clotilde, Auguste continuou tendo inspirações em sua musa que foram retratadas em uma nova religião cujos ideais seriam retratados em sua obra: Política Positiva ou Tratado de Sociologia Instituindo a Religião da Humanidade.
Comte é conhecido por sua filosofia positivista, que tem como princípio o estudo de fenômenos pelas suas leis e não por causas dadas como abstratas.

Qual a importância do seu pensamento?

Segundo Comte, havia um sistema de conhecimentos naturais, tal sistema era composto pelos pensamentos que compunham a Filosofia Positiva. Para Comte, estes conhecimentos fundamentavam tudo o que foi descoberto pelo homem até então. Faziam parte destes conhecimentos cinco ciências, as quais haviam atingido a positividade: As ciências da Matemática, da Astronomia, da Física, da Química e da Biologia. Com estas cinco ciências tudo o que podia ser observado no mundo estava fundamentado, mas para Comte ainda havia uma lacuna que faltava ser preenchida para que a Filosofia Positiva acabasse de ser construída. Tal lacuna refere-se à Física Social (mais tarde chamada de Sociologia), que referia-se às ciências de observação. Seu pensamento foi importante pois seguindo esta linha de raciocínio, Comte deu atenção especial as ciências de observação e assim começou a organizar e fundamentar os pensamentos referentes a organização das sociedades de uma maneira geral, criando assim o que hoje conhecemos como Sociologia.

Quais as suas principais ideias?

A partir da ciência - e de uma ciência social ou sociologia, da qual Comte é um fundador -, o filósofo propunha reformular a sociedade para que se obtivesse ordem e progresso. Note-se, porém, que isso implica a criação de uma ciência social, pois só é possível reformular ou transformar aquilo que conhecemos.
A obra fundamental de Comte é o "Curso de Filosofia Positiva", livro escrito entre 1830 e 1842, a partir de 60 aulas dadas publicamente pelo filósofo, a partir de 1826. É na primeira delas que Comte formulou a "lei dos três estados" da evolução humana:

  • o estado teológico, em que a humanidade vê o mundo e se organiza a partir dos mitos e das crenças religiosas; 
  • o estado metafísico, baseado na descrença em um Deus todo-poderoso, mas também em conhecimentos sem fundamentação científica; 
  • o estado positivo, marcado pelo triunfo da ciência, que seria capaz de compreender
    toda e qualquer manifestação natural e humana.

O que é positivismo?

O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte (1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos, contrariando o primado da razão, da teologia e da metafísica. Segundo Henry Myers (1966), o "Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte externa, mas, sim, confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação".
Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética.
Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

Discuta a relação entre ciência social e biologia.

A sociologia e biologia são duas ciências vindas de uma mesma vertente, mas que precisam ser tratadas separadamente. Enquanto a sociologia trata os fatos através de observações, a biologia os trata através de leis da natureza. Elas não só vem de uma mesma vertente, devido o objeto de estudo ser o homem, como uma tem relação direta com outra. De acordo com Comte, para compreender uma espécie, no âmbito da física social, é necessário observar os fenômenos sociais, ou seja, o conjunto de ações que envolvem cada indivíduo. Em contrapartida, a fisiologia observa os fenômenos de um indivíduo considerando a evolução da espécie, que pode ser ou não determinada pelos fenômenos sociais.
De modo geral, ambas usam a metodologia científica da observação e experimentação, inclusive foi um dos desafios de Comte, propor uma forma de adequar a observação dos fenômenos sociais e determinar os recursos para realização da indução, via técnicas de experimentação. A evolução, estudada em moldes fisiológicos, proporcionou ao homem a capacidade de interação e dinâmica social e é um elemento que justificaria a conciliação dessas ciências, que agregadas para compreensão e disjungidas para estudos e análises, foram, por Comte, determinada positivistas.

Existe uma ciência exata da sociedade?

Auguste Comte julgava a Sociologia, ciência que estuda o comportamento da sociedade, tão positiva quanto qualquer outra. Pela classificação das ciências (Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia e Sociologia), ele defendeu a superioridade das Ciências Exatas sobre as Ciências Humanas. Assim, a sociologia criada por Comte possui um caráter científico para o estudo dos fenômenos sociais, tal como era realizado com outros fenômenos: astronômicos, físicos, químicos e fisiológicos. 
Para Comte a sociologia era uma ciência com leis naturais invariáveis, por meio das quais era possível explicar todos os fenômenos, e até mesmo estabelecer outros que ainda viriam a acontecer. Por meio da consideração do processo dedutivo e indutivo, ressaltados por Comte como observação, dedução e experimentação, a sociedade poderia ser conceituada em uma estrutura funcional, por  meio da qual poderiam ser realizadas ações para torná-la delineada do ponto de vista da ordem e do progresso.

Descreva os pontos mais importantes do texto "Sociologia: Conceitos gerais e surgimento", de Auguste Comte.

A Física Social – denominação inicial dada por Auguste Comte – foi conceituada por seu criador como uma ciência, tal como era a astronomia, física, química e biologia, onde o objeto de estudo tinha como cerne os fenômenos sociais. Introduziu-se os fatos sociais como elementos que deveriam ser estudados, seguindo metodologia científica, por meio da observação, como forma de compreender uma esfera máxima – conjunto do desenvolvimento humano – até questões mais específicas, ou mesmo intrínsecas – e contidas em tal conjunto. 
Comte estabelece, por meio de suas deduções, que a ordem na filosofia política é determinada por meio de um estudo detalhado dos fenômenos sociais, perfazendo leis naturais invariáveis, que sistematizasse a estrutura funcional dos eventos por meio da previsão – concentrada no processo dedutivo – sendo assim, é possível determinar situações posteriores, realizando ações que contornem crises e conflitos, eliminando surpresas e estabelecendo previsibilidade. 
A necessidade de criação da Física Social – denominada posteriormente por Comte como Sociologia – respeitava uma ordem natural, onde as ciências se tornavam positivas por meio de uma estrutura gradativa de suas relações com o homem. Justificava o desprendimento com os elementos teológicos e metafísicos considerando a matéria científica como norteadora dos meios de compreender qualquer fenômeno, enfatizando que esse aspecto em fases – concernente aos estados – era proveniente de uma preparação conceitual e empírica, com obtenção de conhecimento, para próximos estágios, até que se alcançasse a capacidade, via metodologia científica, de compreender tudo que ocorre. A essa capacidade de deduzir, induzir e prever fenômenos, Comte estabeleceu a positividade da ciência, estando ela destituída de qualquer determinação teológica ou metafísica, embora ele considerasse que estas últimas eram fases, do conhecimento humano, anteriores ao positivismo. 
Considerando que as ciências positivas tinham suas principais estruturas conceituais moduladas pela observação de fenômenos, por meio dos quais eram desenvolvidas teorias e experimentações, e que com tais ações deveria ser compreendido o todo, em uma perspectiva dos seres viventes, Comte indagou sobre a inexistência de ciência que estudaria as questões sociais, e defendeu com isso a criação da sociologia, como forma de completar o rol das ciências de observação. Reforça-se que as ciências tornaram-se positivas por meio de uma ordem, onde uma sempre fornecia subsídios para composição de outra, o que Comte considerava uma revolução ordenada, e defendeu a criação das ciências sociais como último elemento deste contexto, refutando a possibilidade de surgimento da mesma em período anterior ou intercalado a qualquer das outras, apontando para uma falta de base experimental, tal como o número da população e nações. 
Para Auguste Comte o sistema social passa constantes mudanças ao longo do desenvolvimento humano, sendo que tais mudanças consistem na extinção e surgimento de novos modelos, no entanto, ele aponta para a coexistência de dois movimentos contrapostos, denominando a sociologia como a ciência da crise. Logo, a sociedade tem a presença do movimento de desorganização confrontado com o de reorganização, gerando certa instabilidade, no entanto, Comte apresentava o segundo como crucial para conduzir a sociedade ao progresso, e que a compreensão de ambos seria necessária para redução da crise, via ações para formação de um novo sistema social. 
No que concerne ao laço existente entra a Biologia e a Sociologia, Comte foi categórico ao dizer que ambas se complementam em um campo de análise inicial, mas que a consolidação de ciência positivista era alcançada por meio da disjunção em momento de estudo mais profundo. Em outras palavras o estudo do homem no âmbito de seus fenômenos individuais, voltados para a fisiologia, também requeriam um conhecimento dos fenômenos sociais, principalmente, no que tange à evolução da espécie. Ambas as ciências são caracterizadas pela observação e experimentação, onde Comte defendeu a necessidade de usar critérios – método da indução – da primeira para aplicação na sociologia, seguindo a determinação universal do positivismo. 
Quanto à economia política, Comte refutou a visão dos economistas usada para descobrir as leis da existência material das sociedades, uma vez que os mesmos conceituavam o estabelecimento de técnicas de estudo por meio do isolamento da ordem intelectual e moral, o que para Auguste Comte era inconcebível, pois a ciência que envolveria a descoberta das leis naturais invariáveis para a sociedade deveria abranger todo o conjunto de fenômenos sociais, tais como a ordem moral, intelectual e política, e sendo assim apontou a ciência dos economistas como vazia, dado o isolamento defendido por ela.

Referências Bibliográficas:


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O blog Abordando Sociologia foi criado para o desenvolvimento de um trabalho junto à disciplina Estrutura e Dinâmica Social, ministrada pelo Professor Dr. Sérgio Amadeu, onde serão feitas abordagens e discussões, pré-definidas em aula, com assuntos inerentes às Ciências Sociais. O grupo de trabalho é composto por cinco estudantes do bacharelado em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC (UFABC), sendo estes responsáveis pelas postagens e manutenção do Blog. Além de realizar as atividades necessárias para o trabalho, o grupo pretende fazer de suas abordagens importantes ferramentas para melhor compreensão da sociedade e desempenho profissional conectado às questões sociais, assim como fazendo dessa disponibilização na web um espaço para consultas e interações de ideias.

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