1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho consiste em realizar uma
análise nos dados registrados na “Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação no Brasil”, realizado pelo Comitê Gestor da Internet
no Brasil no ano de 2010. Ressalta-se que a pesquisa tem como objetivo avaliar
os impactos que as novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm proporcionado,
considerando um impacto social direto, de forma cada vez mais intensa e rápida.
Esses impactos são em diversos setores da sociedade, como econômico, social,
política e cultural. “Organizações internacionais como a Organização das Nações
Unidas (ONU), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
Banco Mundial, entre outras, trabalham de forma colaborativa na definição de
metodologias, indicadores e métricas que sejam capazes de medir o acesso, o uso
e a apropriação das novas tecnologias, base para o desenvolvimento da sociedade
da informação” [1]. Elas são feitas anualmente em todo o Brasil, incluindo
áreas urbanas e rurais, e fornece subsídios para a discussão sobre o
desenvolvimento das TIC no país.
O foco
do projeto é a analise de dois pontos relevantes da pesquisa. A proporção de
domicílios com computadores, e a proporção de domicílios com acesso à internet.
Para a realização da analise, foram usados conceitos de sociologia impostos
pelo filósofo Emile Durkheim, levando em conta que esse trabalho é realizado
com subsídio literário, obras do autor, além das aulas expositivas realizadas
dentro do cronograma estabelecido para a disciplina Estrutura e Dinâmica
Social.
Deve-se considerar a história de Émile
Durkheim, onde se expõem uma aceitação na área sociológica de que ele é
considerado um dos pais da Sociologia. Nasceu na França em 1858 em meio a uma
família judia, entretanto não seguiu a tradição familiar e se declarou
agnóstico, Durkheim acreditava que a religião se dava por fatos sociais e não
divinos. “Sofreu influência de Auguste Comte e Herbert Spencer. Suas obras mais
relevantes são: Da divisão do trabalho social, O suicídio e Regras do método
sociológico” [2]. É necessário reforçar que, embora o período em que viveu
Durkheim não tenha sido contemplado por tecnologias da informação, o seu modelo
positivista de ver a ciência, tradicionalmente, e considerando sua visão de
determinação de leis para a sociedade, cria-se um ambiente de estudo para
qualquer período histórico, onde é possível determinar leis mediante a
observação e avaliação dos fenômenos em análise.
Durkheim determinou um objeto próprio
de estudo da sociologia: os fatos sociais, e tal ação é um importante elemento,
no âmbito das definições para as ciências positivas, uma vez que a metodologia
científica incumbia no apontamento de objetos de estudos. Por meio desta
concepção Durkheim foi além de explicações filosóficas e usou de técnicas e
métodos, em um sistema dedutivo e indutivo que pode ser contemplado em seu
livro As Regras do Método Sociológico, para determinar um objeto próprio de
estudo para a sociologia, por meio do qual poderiam ser realizados os estudos
necessários para compreensão das sociedades.
O fato social detém uma especificação
condizente com todos os fenômenos que acontecem no interior das sociedades,
desde que apresentem algum interesse social. Como conceituou Durkheim (1984, p.
52) “é fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer
sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão
de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das
manifestações individuais que se possa ter”.
2. DOMICÍLIOS
BRASILEIROS COM COMPUTADORES
A
pesquisa mostra que a renda familiar é determinante na proporção de domicílios
com computador, conforme sugere o gráfico da figura 1, onde o custo elevado
corresponde a setenta e quatro por cento de todos os motivos que impactam na
aquisição de computadores. Em outra análise universal, tem-se que quase noventa
por cento das famílias com renda acima de dez salários mínimos possuíam
computadores em seus lares em 2010, enquanto só seis per cento das famílias com
até um salário mínimo. Os maiores motivos para a falta de computador no
domicílio segundo a pesquisa são “custo elevado” e “não tem como pagar” que
somam setenta e quatro por cento. A aquisição de bens de consumo como o
computador depende do poder de compra do indivíduo.
Figura1 – Gráfico com os
motivos para falta de computador no domicílio. – Fonte: TIC 2010
Uma
pesquisa concluída e apresentada pela revista Estudos Econômicos , contemple a
figura 2, revela que a renda familiar é diretamente proporcional ao nível de
escolaridade. Isto significa que o poder de compra será maior quando maior for
a escolaridade.
Émile
Durkheim via a escola como um fator determinante de ascensão social. A educação
é, assim, vista como um fato social. Para Durkheim o sistema educacional tem um
papel importante na sociedade porque é o lugar por excelência no qual as
pessoas são apresentadas às orientações que a sociedade espera delas. O
objetivo é a formação de cidadãos integrados à sociedade.
Figura 2 – Revista Estudos
Econômicos – Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612010000400001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
Com
relação ainda a educação, é necessário realizar uma alfabetização digital da
população conforme indica a pesquisa que vinte e seis por cento não possuem
computador por falta de habilidade para operá-lo. Deve-se inserir o homem em
uma sociedade cada vez mais informatizada.
Segundo
Durkheim (1984, p. 52), os fatos sociais são “maneiras de agir, de pensar e de
sentir exteriores ao indivíduo, e dotados de um poder coercivo em virtude do
qual se lhe impõem”. Os fatos sociais são resultados de uma consciência
coletiva e são impostos ao indivíduo pela sociedade. São como leis próprias que
interessam e afetam um grupo. O meio social, “através de aparelhos de
coerção e da própria instituição educativa, contribui para regular, controlar e
moldar permanentemente o comportamento individual, tornando os processos
coletivos harmônicos e estáveis”.
O
segundo motivo para a falta de computadores no domicílio que a pesquisa aponta
é “não há necessidade ou interesse” que representa trinta e oito por cento. A
inclusão digital observável como um fato social, em uma perspectiva
completamente Durkheimiana, ainda se encontra em andamento no Brasil, dado o
rol de análises dos números acima.
3. DOMICÍLIOS
BRASILEIROS COM ACESSO À INTERNET
De acordo com a “Internet World Stats,
2,267 bilhões de pessoas tinham acesso à Internet em abril de 2012, o que
representa 32,7% da população mundial. Segundo a pesquisa, a Europa detém pouco
mais que 500 milhões de usuários, correspondendo a 61,3% da população. Mais de
65% da população da Oceania tem o acesso à Internet, mas esse percentual é
reduzido para 13,5% na África. Na América Latina e Caribe, um pouco mais de 230
milhões de pessoas têm acesso à Internet (de acordo com dados de abril de 2012),
sendo que quase 80 milhões são brasileiros (de acordo com dados de 31 de
dezembro de 2011)” [3] [4]. “80 milhões de pessoas com acesso à internet no
Brasil é um número que representa aproximadamente 41,6% da população, tendo em
vista que o Brasil possui 192 376 496 habitantes estimados em 2011” [5].
Este número de 41,6% chegou a ser
muito menor em anos anteriores, como podemos inferir observando a pesquisa
"TIC Domicílios e Empresas 2010 - Pesquisa sobre o uso das tecnologias de
informação e comunicação no Brasil", observe figura 3, que aponta que 27%
dos domicílios brasileiros possuem acesso à internet (devemos ressaltar que
esta porcentagem refere-se ao número de domicílios e não de usuários).
Na pesquisa os motivos apontados pelos
indivíduos para que o acesso à internet não ocorra referem-se a problemas de
custo e de infra-estrutura. 49% não possuem internet devido ao alto custo, o
que é um julgamento de valor segundo Durkheim, pois o preço pode ser
considerado alto pela parcela da sociedade citada, enquanto não é considerado
alto pelo restante; enquanto 23% não possuem internet por falta da
disponibilidade na área onde tais indivíduos residem, que no caso é considerado
um julgamento de realidade, pois simplesmente não há disponibilidade na área ou
a área (ou até mesmo cidade) não tem cobertura fornecida pela empresa prestadora
de serviços, etc.
Outras porcentagens, como pode ser
observado na figura 3, representam a falta de interesse dos indivíduos (16%) e
a falta de habilidades dos mesmos (12%); ambas as alegações constituem de
julgamentos de valor, pois como anteriormente dito no caso das pessoas que
alegavam um alto custo da internet, estas alegações são passíveis de serem
aceitas por parte da sociedade, bem como são passíveis de não serem aceitas
pela mesma parte da sociedade em questão.
Figura3 – Gráfico com os
motivos para falta de internet no domicílio. – Fonte: TIC 2010
O acesso de todos à internet, como
citado anteriormente, faz parte de um processo de (pesquisa TIC 2010, p. 143)
"universalização da banda larga e da democratização do acesso à
informação", tal processo (ou podemos nos referir aos fins de tais
processos) pode(em) ser visto(os) (seguindo os pensamentos de Durkheim) como um
fato social tanto no âmbito científico mundial como no âmbito do indivíduo
ordinário que cresce em uma sociedade
que está familiarizada e habituada com a grande quantidade de informação
absorvida diariamente através de todos os meios de comunicação existentes.
Podemos assim exemplificar e explanar as duas situações: Na primeira podemos
dizer que em um mundo onde toda a descoberta científica e avanço tecnológico
são compartilhados (para então serem aperfeiçoados), existe uma coerção de tal
sociedade científica sobre o profissional que está no começo de sua carreira,
de modo que tal profissional passe por uma adequação a esta sociedade naturalmente.
No segundo caso o indivíduo cresce rodeado de informações, fazendo assim com
que tal indivíduo esteja rapidamente familiarizado com o livre e amplo acesso à
informação presente em sua sociedade.
No Brasil é necessária uma política
mais eficaz que proporcione um maior número de lares conectados a rede, gerando
uma maior inclusão da sociedade na internet. “Nessa sociedade, as instituições,
em especial a escola, têm como função a reprodução dessa ordem e a
transformação dos indivíduos para adaptarem-se ou inserirem-se nela”, apontava
Durkheim (1967). Logo, o significado do termo “inclusão”, na perspectiva
moderna, implica um modelo onde todos serão inseridos, introduzidos, adaptados.
A sociedade deve se mover como um
todo, pois, como aponta Durkheim, a importância da insatisfação do indivíduo no
processo de desenvolvimento dos modelos sociais. A dinâmica aplicada em uma
comunidade limita o senso de insatisfação. Pois o convívio maior se dá entre os
membros do grupo, subtraindo grande parte das referências externas que levariam
o indivíduo a questionar sua posição social mediante outro modelo de vida [6].
Outra abordagem que
podemos realizar é sob o ponto de vista
Durkheimiano, onde o amplo acesso à informação e o conseqüente dimensionado
acesso ao mundo informacional e em redes advindos da coerção da sociedade sob o
indivíduo (abordada anteriormente) fará com que a especialização torne-se ainda
mais complexa, fazendo assim com que a solidariedade orgânica presente nas
sociedades em questão solidifique-se cada vez mais com o passar do tempo e com
o conseqüente aumento da informação disponível. Desta maneira teremos
indivíduos cada vez mais especializados e assim o desenvolvimento econômico e
social ficam mais prováveis de ocorrer com mais rapidez em tais sociedades.
“A ciência e a tecnologia
não mais servem ao homem. Não é um meio de libertação dele, mas se tornaram um
fim em si mesmo” [7]. É interessante a observação de Émile Durkheim sobre o
avanço da tecnologia, que ele percebia já no século XIX: “À medida que os
homens são obrigados a produzir um trabalho mais intenso, os produtos deste
trabalho tornam-se mais numerosos e de qualidade superior; mas estes produtos,
melhores e mais abundantes, são necessários para compensar as energias despendidas
por este trabalho mais considerável (DURKHEIM, 2006, p. 110)” [7].
Como diz Durkheim: "O
que, ontem, achávamos suficiente, hoje nos parece abaixo da dignidade humana; e
tudo faz crer que nossas exigências serão sempre crescentes” [8].
4.
DISCUSSÃO
Para as análises realizadas nos
tópicos anteriores é necessário apontar que Durkheim dividia a sociologia em
três estruturas, a qual denominou de morfologia social, fisiologia social e
sociologia geral, por meio das quais seria possível estudar uma determinada
sociedade. Analisando criteriosamente a pesquisa TIC 2010 é possível observar,
no âmbito da morfologia social, que a população brasileira constitui-se, em
grande parte, urbana, e que a rural ainda não acompanha o progresso das
tecnologias da informação em níveis superiores nas áreas urbanas.
Em
outra dimensão de análise, quando se averigua dados de outros países,
instaura-se uma caracterização puramente relacionada com fato social, pois a
coerção para que o indivíduo obtenha as tecnologias de informação e comunicação
(tic's) são tão intensas e dotadas de sanções espontâneas, haja vista que não
obter um computador e não ter acesso à internet irá impactar na
inacessibilidade a diversas atividades e conjuntos de informações, tornando o
indivíduo isolado mediante um mundo que vive em rede. Em um modo lacônico,
considerando que Durkheim (1984, p. 49) propõem “o fato social é reconhecível
pelo poder de coerção externa que exerce [...] e a presença desse poder é
reconhecível [...] pela existência de alguma sanção determinada [...] pela
resistência que o fato opõe a qualquer empreendimento individual que tenta
violentá-lo”, é inegável que a inclusão ao mundo das tic’s se faz coercitivo e
externo ao indivíduo na sociedade atual. Um exemplo pode ser considerado nessa
visão: no meio acadêmico o pesquisador que se posicionar contrário ao uso da
rede irá sofrer com a sua posição ínfima mediante seus competidores, pois
aqueles terão acesso a um conteúdo muito maior e compartilharão de mais conhecimento,
impulsionando o progresso.
Quando
o meio de avaliação passa a conter questões de interação e convivência em rede,
os conceitos de Durkheim para a solidariedade orgânica tornam-se aplicáveis,
pois a divisão do trabalho é um importante elemento, atuando como base, na
construção das relações em rede, onde existe nítida interdependência e cada vez
maior especialização. O modelo atual é uma evolução de situações que se
instituíram de forma a propiciar o intenso nível de uso das tic’s,
essencialmente necessário para que houvesse um direcionamento à necessidade de
considerar as questões individuais, o que Durkheim (1984, p. 83) explicitaria
que “a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência
individual”, onde se tem a formação e ênfase da personalidade no contexto, e
foca-se a importância dos indivíduos na composição desse mundo conectado em
redes, ou seja, as contribuições integradas que corroboram para o quadro de
instituição da sociedade em rede.
Nesse
momento de análise, onde o Brasil tem por necessidade adequar suas estruturas
socioeconômicas e educacionais de forma a propiciar o acesso universal de sua
sociedade ao mundo em rede, corrobora para a ideia que as sociedades podem ser
analisadas com leis, ou seja, proposições que enquadram resultados imediatos e
que, genericamente, podem ser aplicáveis, mesmo considerando as peculiaridades
de cada fato social. Para Durkheim (1984, p. 45) ““Por mais diferentes que
sejam uns dos outros, os diversos tipos de fatos sociais não são portanto senão
espécies de um mesmo gênero”, e assim temos que o Brasil deve se estabelecer
como forma de garantir a coesão, pois a solidariedade orgânica determina uma
série aspectos sociais e de convivência, que neste caso, torna-se global,
enfatizando a ideia de que as tic’s colocaram em interação partes que em outros
períodos eram um todo isolado, ou seja, sociedades que, no âmbito da
informação, estão cada vez mais próximas e influentes umas sob as outras, e no
que é tangível à esse modelo Durkheim afirma que “a coesão que resulta desta
solidariedade é mais forte”.
5. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
No que é tangível à análise da
pesquisa TIC 2012 considerou-se a inclusão digital como um fato social como
parâmetro básico em uma avaliação Durkheimiana, além de outros conceitos que o
referido autor propôs para a sociologia, enfatizando os exemplos e contextos e
a visão positivista da atividade.
6. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL. Pesquisa sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação no Brasil: TIC Domicílios e TIC Empresas 2010. São Paulo: CGIbr, 2012.
- DURKHEIM, Émile. Émile Durkheim: sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1984. Coleção Grandes Cientistas Sociais. (Capítulo: 1 - Divisões da Sociologia: as ciências sociais particulares; 2 - O que é fato social?)
- DURKHEIM, Émile. Émile Durkheim: sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1984. Coleção Grandes Cientistas Sociais. (Capítulos: Método para determinar a função da divisão do trabalho; Solidariedade Mecânica; Solidariedade Orgânica; Preponderância Progressiva da Solidariedade Orgânica; Divisão do Trabalho Anômica)
- [1] Comitê Gestor da Internet no Brasil. Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil, 2010. Página 33.
- [2] Durkheim e a Sociologia. Disponível em: < http://www.consciencia.org/durkheim-e-a-sociologia >. Acesso realizado em: 17/02/2012.
- [3] Internet World Stats. Disponível em: < http://www.internetworldstats.com/stats.htm >. Acesso realizado em: 25/04/2012.
- [4] Internet World Stats. Disponível em: < http://www.internetworldstats.com/stats10.htm >. Acesso realizado em: 25/04/2012.
- [5] IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2011. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1961&id_pagina=1&titulo=IBGE-divulga-as-estimativas-populacionais-dos-municipios-em-2011- >. Acesso realizado em: 25/04/2012.
- [6] NAKAMURA, André Luis. “Uma comunidade unida pela comunicação e imaginação: a comunidade Yuba e sua relação com o ciberespaço”. Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, Volume nº 2, Ano 3 - Dezembro 2011 – São Paulo.
- [7] Inclusão digital educação tecnológica. Disponível em: < http://glauberataide.blogspot.com.br/2008/11/incluso-digital-e-educao-tecnolgica.html >. Acesso realizado em: 25/04/2012.
- [8] Geração Z: Uma nova forma de sociedade. Disponível em: < http://br.monografias.com/trabalhos3/geracao-z-nova-forma-sociedade/geracao-z-nova-forma-sociedade3.shtml >. Acesso realizado em: 25/04/2012.